INSTITUCIONAL - Parlamentares do Egito conhecem o Interlegis e trocam experiências

Delegação veio conhecer o funcionamento e a estrutura do programa de modernização das casas legislativas e o processo de transição democrática no Brasil. Eles relataram as dificuldades para a implantação do sistema democrático no seu país.


Uma comitiva de parlamentares egípcios recém-eleitos visitou nesta segunda-feira, 16, o Senado e a Câmara dos Deputados para conhecer o funcionamento do Parlamento brasileiro. Com funcionários do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e empresários do seu país, os deputados também estiveram na sede do Interlegis para saberem sobre o funcionamento do Programa no Brasil.

Os deputados queriam saber desde a estrutura do Congresso até detalhes da organização dos gabinetes, passando sobre os produtos e serviços que o Interlegis poderia lhes oferecer. O diretor-executivo do Programa, Haroldo Tajra, fez um breve relato da redemocratização do Brasil e da organização do Legislativo brasileiro, antes de falar do trabalho do Interlegis para a modernização e organização das Casas Legislativas.

Ele destacou os pilares que regem o programa, entre os quais o fornecimento do apoio tecnológico às Câmaras; a capacitação de servidores e parlamentares; a comunicação; o ordenamento dos marcos jurídicos, como leis orgânicas e regimentos internos. Tajra colocou à disposição dos parlamentares egípcios a experiência do Interlegis, lembrando parcerias internacionais que o Programa já mantém com outros países, como Guiné Bissau, Haiti e Timor Leste.

Recém-saído de uma longa ditadura, o Egito, como os próprios deputados deixaram claro, ainda tem um longo caminho pela frente para institucionalizar a democracia. Um deles, Tarek Hassan Mossad El Dessouky, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, disse que a transição para a democracia no Egito é muito diferente do processo brasileiro. Segundo ele, muitas vezes eles têm dificuldade até para entrar no prédio do Parlamento.

Outro membro da delegação, do Ministério das Relações Exteriores do Egito, quis até saber se o governo poderia fechar o Congresso brasileiro. Mas também abordaram questões mais concretas, como no caso do deputado Elsaid Abdelaziz Iamaeil Ngida, que perguntou sobre os produtos e serviços que o Interlegis oferece.

Além do Brasil, a delegação também visitará o Chile.