OPB apresenta levantamento sobre corrupção em financiamentos eleitorais

Em evento a ser realizado na terça-feira (15), a Ordem dos Parlamentares do Brasil apresentará documento indicando que a movimentação ilícita de recurso ligado a campanhas chega a R$ 5,8 bi em 15 anos

    A Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB) realizará,  nesta terça-feira (15), evento no auditório do Programa Interlegis. A solenidade, que terá início às 17h30, ocorrerá como comemoração aos 30 anos da entidade. Na ocasião, a OPB apresentará levantamento que, considerando o período de 1989 a 2005, revela que o atual processo de financiamento privado de campanha eleitoral está ligado a movimentações financeiras ilícitas que, em pouco mais de 15 anos, acumulam valores superiores a R$ 5,8 bilhões. Os números foram contabilizados a partir dos episódios em que, de um lado estavam políticos eleitos, e de outro, empresas privadas doadoras de campanha.
   

    A OPB é uma entidade sem fins lucrativos criada por Ulysses Guimarães, em 1976. que reúne parlamentares, empresários, profissionais liberais e pessoas de diversos outros segmentos. Para a instituição, o financiamento público dos pleitos pode coibir, concomitantemente, o caixa-dois e a prática do “toma-lá-dá-cá”, dos quais fazem uso alguns descompromissados com a ética e com a licitude.
   

    Para o presidente da entidade, Dennys Serrano, o financiamento exclusivo, com a distribuição de recursos para controle dos partidos e não diretamente para os candidatos também permite um maior controle pela justiça eleitoral.  “Acreditamos que o sistema francês de financiamento de campanha é o mais compatível com as características do eleitorado brasileiro. Mas, não se trata somente de adotar nova lei, o processo fiscalizatório deve ser intensificado”, ressalta.